“ISOPOR DA AMAZÔNIA”: FABRICAÇÃO DE PAINEIS COM PECÍOLOS INTEIROS E RESÍDUOS

INTRODUÇÃO

Os pecíolos das palmeiras, especificamente de buritizeiro (Mauritia flexuosa), são empregados de forma artesanal na região Amazônica para fabricação de produtos manufaturados e são conhecidos como "isopor da Amazônia" dadas suas propriedades vantajosas: extrema leveza acompanhada de boa resistência mecânica. Os pecíolos são extraídos e processados para a formação de painéis de faces lisas. No entanto, o método de fabricação convencional implica na formação de muitos resíduos, além de demandar maquinário dispendioso.

A presente inovação visa a criação de um tipo de painel que pode ser fabricado com pecíolos inteiros e de tamanhos variados, de palmeiras de diversas espécies, com maior rigidez e menos custos.

DIFERENCIAL

A inovação destaca-se pela facilidade e simplicidade de produção, uma vez que os equipamentos, como a prensa de colagem e os aplicadores de carga, podem ser feitos de material de baixo custo. A metodologia apresentada reduz a produção de resíduos a zero. Ainda é possível utilizar os resíduos de outros pecíolos processados como matéria prima, minimizando o desperdício de material.

Pode-se utilizar qualquer espécie de palmeira ou uma mistura de espécies diferentes. O painel pode ser enriquecido mediante a incorporação de fibras, como sisal, ou resíduos aprimorando a resistência, sendo esta potencializada proporcionalmente ao incremento da pressão durante a etapa de fabricação dos painéis. Além da sustentabilidade ambiental, devido à origem do material ser proveniente das folhas de uma das espécies mais abundantes da Amazônia, ressalta-se o aspecto social que pode ser explorado com o manejo florestal sustentável